
Autor: Timothée De Fombelle
Editora: Melhoramentos | | Páginas: 360 | | Informações: Skoob

Salvar a pele e, ao mesmo tempo, descobrir a própria identidade: esses são os grandes desafios de Vango. Ao ler esse thriller histórico, ambientado no conturbado período entre as duas grandes guerras mundiais, somos impelidos a fugir com esse rapaz órfão de 19 anos que desconhece sua origem e tenta entender por que a polícia e um franco-atirador estão em seu encalço.
A narrativa começa na solenidade em que Vango e outros seminaristas seriam ordenados padres na Catedral de Notre-Dame, em Paris. O assassinato do padre Jean, seu protetor, desencadeia a perseguição ao rapaz, suspeito do crime, que empreende uma fuga espetacular ao escalar nada menos do que os famosos vitrais da catedral. Essa cena é apenas um exemplo da aventura de que é feita toda a saga, em que acompanharemos nosso protagonista em situações e lugares improváveis – pulando de um trem em movimento, escondido na copa das árvores num bosque da Escócia ou dependurado num zepelim sobre um vulcão.
O fracasso em não ter sido ordenado padre deixa nosso herói arrasado, mas a jovem Ethel, porém, fica bem feliz. É ela quem vai ajudar Vango a provar sua inocência. A saga traz outros personagens marcados por segredos, como Mademoiselle, a senhora poliglota e sem memória com quem Vango é salvo do naufrágio na costa da Sicília aos 3 anos, e Hugo Eckener, personagem verídico, comandante do Graf Zeppelin, o grande dirigível que fascinou o mundo nas primeiras décadas do século XX. Algumas personalidades incorporadas à história são Joseph Stalin, sua filha Svetlana e Adolf Hitler.
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Em poucas palavras acho que posso dizer que Vango se mostrou uma excelente aventura histórica com uma boa dose de suspense e thriller. Mesmo que o titulo não chame muito a atenção, não se atenha nisso, pois você pode acabar perdendo uma excelente história, com bons personagens, fatos históricos muito interessantes e, acima de tudo, uma narrativa deliciosa de se acompanhar, que não deixa o ritmo cair em quase nem um momento. Vango foi um tiro no escuro, mas que acertou em cheio!
"Pequenos milagres podem acompanhar grandes desgraças. Era isso o que Vango sempre pensara. Bastava ter confiança."