
Editora: Novo Conceito | | Páginas: 336 | | Informações: Skoob

SEATTLE, 1933. Vera Ray dá um beijo no pequeno Daniel e, mesmo contrariada, sai para trabalhar. Ela odeia o turno da noite, mas o emprego de camareira no hotel garante o sustento de seu filho. Na manhã seguinte, o dia 2 de maio, uma nevasca desaba sobre a cidade. Vera se apressa para chegar em casa antes de Daniel acordar, mas encontra vazia a cama do menino. O ursinho de pelúcia está jogado na rua, esquecido sobre a neve. Na Seattle do nosso tempo, a repórter Claire Aldridge é despertada por uma tempestade de neve fora de época. O dia é 2 de maio. Designada para escrever sobre esse fenômeno, que acontece pela segunda vez em setenta anos, Claire se interessa pelo caso do desaparecimento de Daniel Ray, que permanece sem solução, e promete a si mesma chegar à verdade. Ela descobrirá, também, que está mais próxima de Vera do que imaginava.
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Neste romance que, confesso, me surpreendeu bastante, a autora vai nos conduzir por duas histórias que, aparentemente, não tem ligação alguma. Narrada em primeira pessoa por duas protagonistas, Vera e Claire, uma nos conta a história na cidade de Seattle em 1933, enquanto a outra nos conta sua história na mesma cidade, só que 70 anos depois. Foi uma narrativa diferente, acho até que, se eu não me engano, foi o primeiro livro que eu li nessa estrutura de passado e presente intercalados.
Mesmo não estando acostumado com o tipo de narrativa a escrita da autora ajudou, pois a história é contada de uma forma bem pessoal, chegamos mesmo a sentir o que os personagens estão sentindo, o que não é pouco pois estamos lidando com uma história que, infelizmente, é bem comum nos dias de hoje que é o sumiço de crianças, algo quase inimaginável para um pai ou uma mãe.