10/09/2013

Resenha: A Pirâmide Vermelha (Crônicas dos Kane #1)

Autor: Rick Riordan
Editora: Intrínseca  | |  Páginas: 448  | |  Informações: Skoob

Os irmãos Carter e Sadie Kane vivem separados desde a morte da mãe. Sadie é criada em Londres pelos avôs e Carter viaja o mundo com o pai, o Dr. Julius Kane, um famoso egiptólogo  Levados pelo pai ao Bristish Museum, os irmãos descobrem que os deuses do Egito estão despertando. Para piorar, Set, o deus mais cruel, tem vigiado os Kane. A fim de detê-lo, os irmãos embarcam em uma perigosa jornada em uma busca que revelará a verdade sobre sua família e sua ligação com uma ordem secreta do tempo dos faraós.


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A pirâmide vermelha, primeiro volume da série 'as crônicas dos Kane', foi minha primeira leitura com a obra de Rick Riordan, e o que eu tenho a dizer? Como é que eu nunca li nada desse cara antes (incluindo sua série de maior sucesso, Percy Jackson)? Eu já tinha visto, claro, muitas resenhas sobre os livros do "tio riordan", como alguns o chamam, e elas eram sempre muito positivas; acho que nunca achei quem não tenha gostado de algum livro do autor. A questão é que não sei porque fui sempre protelando em iniciar a leitura de algum livro dele. Kívia começou a ler a série Percy Jackson e adorou, mas acabou tendo que parar no terceiro livro por conta da correria na faculdade, mas já disse que assim que puder ela retoma a série de onde parou. (Livros do autor já resenhados aqui no blog: O Ladrão de Raios, O Mar de Monstros e O Herói Perdido).

Foi então que peguei o livro na estante e comecei a leitura, e, minha gente... Que leitura maravilhosa! Como eu me arrependi de não ter lido antes algo do "tio riordan" - sim, porque agora é meu tio querido também, kkkk! O cara escreve muito bem, te insere dentro da história, faz você torcer pelos personagens, se empolgar com eles, enfim, você embarca naquela aventura tão bem escrita e narrada que é como se estivesse ali dentro. E uma das coisas que eu mais gostei no livro é que ele é muito visual, é um filme pronto, porque no que eu fui lendo era como se eu estivesse acompanhando um filme; as cenas eram muito vivas pareciam pular das páginas e se transformar em uma tela de cinema na minha frente. E isso é uma coisa que eu gosto muito em livros, quando eles são bem visuais, como se ao invés de ler eu estivesse assistindo, vendo aquela história. Se o livro que eu estou lendo tem essa característica, pronto, ele já me ganhou, e esse foi o caso de 'a pirâmide vermelha'.

Achei muito bem bolada a forma que o autor criou a narrativa da história. Ele fez como se os dois protagonistas, Carter e Sadie, dois irmãos, tivessem gravado toda a aventura em um gravador, cada um narrando um capitulo ou dois seguidos; isso deixou a narrativa da história bem dinâmica e em alguns momentos bem divertida devido a implicância entre os dois irmãos. A história não tem blá blá blá nem perda de tempo, o autor vai direto ao ponto sem rodeio algum, o foco da história é a grande - e poe grande nisso! - aventura que os dois irmãos vão enfrentar. A cada página que se passa mais e mais coisas vão acontecendo e aos poucos vamos conhecendo os detalhes da grande jornada que os irmãos tem pela frente. Tudo acontece de uma hora para outra na vida de Carter e Sadie; cada um tinha sua vida estabelecida e, de certa forma, em ordem, até um acontecimento que se desenrola diante dos olhos do dois vira as suas vidas de cabeça para baixo e eles se veem no meio de um furacão que pode destruir o mundo.

Como já é sabido de todos a série tem como seu pano de fundo e espinha dorsal a mitologia egípcia, e mesmo não conhecendo nada do assunto - a não ser uma coisa ou outra que a gente vê em filmes ou documentários - deu para perceber que o autor misturou tudo isso mais a sua história ficcional de uma forma muito bem elaborada e muito bem amarrada, mas principalmente de uma forma bem divertida de se acompanhar. As sequencias em que a mitologia egípcia fica em evidência com todas as suas histórias é com certeza um dos pontos altos do livro, pois é tudo muito bem descrito e tão vivo que como eu já disse parece que estamos vendo um filme diante dos olhos. Melhor ainda é ver tudo isso misturado ao mundo moderno de hoje com toda a sua tecnologia. Com suas lendas, deuses, mitos e superstições a mitologia egípcia acaba se tornando um assunto bem interessante de se acompanhar em meio a toda aventura pela qual o autor nos leva com seus personagens.

Os personagens criados pelo autor também acabam nos conquistando no decorrer da história. Os irmãos Kane, Carter e Sadie, são bem diferentes em tudo, principalmente no temperamento, mas mesmo tendo sido criados longe um do outro os laços familiares acabam falando mais alto em meio a implicância que um tem pelo outro. Os dois se tornam grandes aliados e juntos passam a enfrentar grandes perigos para descobrir algumas verdades sobre sua família (e que verdades!). Enquanto Carter é o mais ponderado e sensato, Sadie é mais impetuosa e tem uma língua pra lá de afiada (os trechos mais divertidos geralmente são dela). Mas como nada é perfeito, a única ressalva que fica aqui pra mim em relação aos personagens é que os dois irmãos são muito novos para enfrentar o que enfrentam. Carter tem 14 anos enquanto Sadie tem apenas 12, só que muitas vezes ela age e fala como uma jovem de 18, 20 anos, e o irmão a mesma coisa. Para mim ficou um pouco forçado duas quase crianças em meio a acontecimentos tão extraordinários. Acho que teria ficado muito bom se os dois tivessem, tipo, Carter 18 anos e a irmã 16. Pode parecer pouca diferença, mas acho que ficaria mais plausível. Mas não é nada que tire o mérito do livro.

A pirâmide vermelha foi uma leitura pra lá de divertida e interessante, me proporcionou horas muito boas de divertimento; fazia tempo que não me divertia tanto com uma leitura e que não finalizava uma leitura em tão pouco tempo: li o livro em quatro dias. Pode parecer muito, mas para mim atualmente foi um tempo excelente, pois ando com meu tempo de leitura bem bagunçado. E, infelizmente, para terminar me lembrei de um outro ponto que eu achei meio destoante do livro. O último capitulo! Pois é, o último, aquele que encerra tudo. Não digo que ele seja ruim, nada disso, mas acho que foram inseridas muitas coisas desnecessárias no último capitulo do livro. Foi muito estranho chegar no último capitulo do livro e sentir a história meio arrastada. Na minha humilde opinião se metade do que está no último capitulo fosse retirado, não faria falta alguma para a história e nem para mim. Mas foi apenas um grão de areia num oceano maravilhoso de divertimento que foi 'a pirâmide vermelha'. Se puder ler, leia, vale muito a pena!





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